Marilena Chauí fala sobre livro de Olavo de Carvalho: “Não li, mas não gostei”.

A filósofa e professora da USP, Marilena Chauí falou na manhã de hoje sobre o mais recente livro do filósofo Olavo de Carvalho, “O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota”. Segundo ela: “Não li, mas não gostei. Na verdade, achei uma verdadeira bosta”, afirmou.
Chauí disse também que “não é necessário ler o livro de gente como esse tal de Olavo para não gostar. Marx ensina que a sociedade é dividida em classes antagônicas que estão em constante atrito, as vezes de maneira velada, as vezes abertamente, e que esses embates resultaram na destruição das classes em luta ou na transformação revolucionária da sociedade. Olavo é um porta voz da classe dominante, que se opõe diametralmente aos interesses da classe proletária, a qual pertenço. Portanto, já sei que o que ele escreveu lá não passam de falácias que tem por objetivo propagar as idéias de interesse da burguesia em sua sanha por lucros e manutenção de seu poder de Estado”, discorreu a filósofa.
Questionada por nossa equipe se lera ao menos um artigo do mencionado livro, Chauí retrucou: “Li uma das orelhas e já vi falácias suficientes. Na verdade, até pensei em ler o livro. Mas levei para a sala de aula e deixei sobre meu birô. Então sai para dar uma cagada e quando voltei o livro tinha sumido. Depois fiquei sabendo que uns alunos o levaram e, em protesto contra o autor, utilizaram as folhas para fazer cigarros de maconha e fumaram.”
O lançamento da obra, organizada por Felipe Moura Brasil, tem gerado polêmica em todo o país. No início da semana, ativistas pacíficos fizeram um quebra-quebra no centro do Rio de janeiro em protesto contra Olavo.Na terça-feira, estudantes deram suas respectivas bundas em ato contra a homofobia do autor. E está programada para a próxima sexta-feira uma grande “Suruba engajada contra a misoginia de Olavo de Carvalho”, organizada pela Marcha das Vadias.
Interessados em ler esta nefasta obra podem adquiri-la aqui.

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